DF tem déficit de R$ 3,1 bilhões no orçamento de 2015, diz estudo

Anúncio foi feito durante instalação do Conselho de Transparência. Rollemberg diz ter aumento de receita e redução de gastos como desafio

11 de março de 2015 02:31

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Um balanço feito pela Secretaria de Fazenda aponta que o Distrito Federal tem um déficit de R$ 3,1 bilhões no orçamento para poder fechar as contas de 2015. A pasta recalculou os gastos com as despesas do governo e o que de fato deve ser gerado com receita e encontrou divergências em relação ao que foi estimado na elaboração da proposta para este ano: a despesa subiu de R$ 29,4 bilhões para R$ 31 bilhões, e a receita caiu de R$ 29,4 bilhões para R$ 28,7 bilhões.

De acordo com o titular da pasta, Leonardo Colombini, o rombo total, somando a defasagem do orçamento ao que se acumula do ano passado, chega a R$ 6,8 bilhões. “Além do resultado orçamentário ficar negativo, temos compromissos de 2014 que ficaram para 2015”, explica. “Teremos que fazer ainda algum sacrifício. Ou busca de novas receitas ou redução de despesas.”

Ainda segundo o secretário, se a situação se mantiver igual à de atualmente, o DF vai prosseguir estourando o limite prudencial de gastos com pessoal ao longo de 2015. O cálculo foi feito considerando os reajustes previstos para os servidores do governo.

‘É um trabalho nosso do dia a dia tentar reverter isso”, disse. Colombini afirmou que, pela projeção, o DF deve atingir 47,39% no primeiro quadrimestre, 49,5% no segundo quadrimestre e 48,92% no terceiro quadrimestre.

A apresentação foi feita na ultima quarta-feira (11) durante a implantação do Conselho de Transparência e Controle Social do Distrito Federal, composto por 17 membros da sociedade civil que acompanharão os gastos e controles do Executivo. Na ocasião, o governador Rodrigo Rollemberg pediu a ajuda da nova entidade.

“O grande desafio do DF, do governo, é reduzir despesas e ampliar receita. Queremos que o conselho nos auxilie apontando onde estamos gastando mal, onde devemos cortar gastos”, declarou.

Presidente da Fecomércio e membro da entidade, Adelmir Araújo Santana disse reconhecer os esforços do governo em combater a crise e se posicionou contrário ao aumento de impostos. “Precisamos combater a informalidade. Não é justo que tenhamos comércios por todos o DF de forma irregular.”

Membro do Observatório Social de Brasília, Antônio Barros pediu que os conselheiros e a população tenham acesso ao teor das auditorias feitas pela Controladoria-Geral. “Acreditamos que podemos ajudar a gestão pública a tomar o rumo certo. E que nós não nos esqueçamos que tão importante quanto isso é construir elementos sociais que evitem problemas.”

O representante da Agenda 21, Davi Fagundes, afirmou que as últimas gestões demonstraram “ineficiência” na gestão e disse ter vergonha da atual situação fiscal do DF. Ele sugeriu investimentos em educação fiscal, com aulas em instituições públicas e particulares.

Via G1
Foto via Rollemberg40

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