Observatório Social fiscaliza gastos públicos em Suzano

ONG começou as atividades em janeiro e vai acompanhar a gestão do prefeito eleito e dos novos vereadores

05 de novembro de 2012 18:34

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Suzano, a exemplo de iniciativas em São Paulo e no Paraná, tem agora uma organização não-governamental (ONG) dedicada a fiscalizar os gastos do Poder Público local. O Observatório Social de Suzano (OSS) começou as atividades em janeiro deste ano e desde então tem trabalhado com dois objetivos: a educação fiscal e o controle social dos gastos, e promete continuar com as ações, após o período eleitoral, acompanhando a gestão do prefeito eleito Paulo Tokuzumi (PSDB) e dos novos vereadores.

Segundo a secretária-executiva da ONG, Natália Carnevale, a ideia de criar uma entidade com essa finalidade em Suzano surgiu do presidente Riccardo Trecco, que conheceu um trabalho semelhante em Maringá, no interior do estado paranaense. Com o apoio da Maçonaria, do Lions, do Rotary e da Associação Comercial e Empresarial (ACE), o Observatório reuniu um grupo de voluntários para se capacitarem sobre o assunto. “Fizemos um curso que contou com mais de 1,5 mil pessoas, em outubro do ano passado, e participamos de vários outros eventos pelo Brasil”, destacou Natália, que é formada em marketing.

A secretária-executiva frisou que o grupo é apartidário e sem fins lucrativos, conta com cerca de 40 voluntários de várias áreas e profissões, e está sediado em uma sala dentro da ACE, na região central de Suzano. Um de seus trabalhos tem sido a fiscalização das licitações públicas da prefeitura e da Câmara. Como instituição, o OSS tem cadastro nos órgãos dos dois poderes e solicita cópias de todos os editais abertos e coloca à disposição do cidadão em sua página na Internet (www.observatoriosocialdesuzano.org.br). “Analisamos as cláusulas e se identificamos alguma irregularidade, encaminhamos o pedido para impugnação. Nossa intenção não é ser inimigo do prefeito ou do vereador, mas parceiro, auxiliando na fiscalização”, afirma. Atualmente, o Ministério Público (MP), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e as Receitas Federal e Estadual são parceiras do projeto.

Educativo

O OSS também tem desenvolvido atividades com escolas. Uma das ações foi a confecção de uma revista em quadrinhos denominada “O Farolzinho”, no qual trata de temas difíceis, como corrupção, por exemplo. Outra iniciativa é a realização de apresentações teatrais, como “O Auto da Barca do Fisco”, uma sátira da peça “O Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente. “A educação fiscal é o nosso foco, pois acreditamos que o resultado desse trabalho não será para agora, mas para os nossos netos e bisnetos”, encerra.

Por Delcimar Ferreira
Via Diário do Alto Tietê

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