Administradores Públicos pensam que quem faz controle social é inimigo

12 de janeiro de 2015 10:35

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Infelizmente a forma de conchavos políticos para poder governar tem levado os executores a não se preocuparam em montar uma administração pública bem estruturada, treinada, motivada, com infraestrutura e tecnologia de ponta, para apoiar o desenvolvimento do município ou estado.

Para crescermos temos que ter uma administração pública com eficiência, capaz de responder aos anseios e demandas da sociedade.

Interessante que desde a redemocratização do Brasil e em especial com a nossa Constituição Federal, a forma de interação entre Estado e Sociedade, está mudando em especial com os conselhos da saúde e fundeb, por exemplo,contudo o que se busca é uma maior participação popular na forma de cobrança de políticas públicas a serem implementadas ao bem comum de forma compartilhada com toda a sociedade discutindo e definindo junto com seus representantes as suas prioridades, um bom exemplo é o orçamento participativo.

A administração pública se encontra acomodada e inerte em decorrência da ausência de gestores competentes e comprometidos com os interesses da população, quando agravado pela opção pelo modelo patrimonialista de gestão, que vem sendo intensamente retroalimentado na última década.

Não se pode esperar que uma gestão que se apoia em contingente de pessoas estranhas ao serviço público, atuando em funções estratégicas, em geral, desqualificadas e dispostas a atender aos interesses dos partidos ou políticos que as indicaram, obtenha bons resultados.

A tendência é que o desempenho fique ainda pior, por isso, a importância da união da sociedade civil organizada exigindo cada vez mais dos seus representantes em especial com mais ética na política, combate aos desperdícios e à corrupção, e melhores serviços públicos.

Apesar de mais de vinte e seis anos da nossa Constituição Cidadã, com o fortalecimento das nossas instituições fiscalizadoras, sobre tudo o Ministério Público, Controladoria Geral, Polícia Federal e Tribunal de Contas, a mudança ainda é tímida na participação popular, muito por falta de (in)formação política, descrença com os próprios políticos, pela falta de incentivo maior dos próprios governantes, que se intimidam, acovardam, deixando de ser transparentes, apenas pelo fato de trazer desconfortos, por gerar inquietação e conflitos com as divergências de informações e confrontos de idéias, tendo muitos desses governantes a visão que quem fiscaliza através do controle social e participação popular é adversário e muitas vezes se tornam até inimigos, enfraquecendo a nossa democracia.

Por Bruno Mendes, advogado,membro da comissão de assuntos legislativos da OAB/RO, membro fundador do IDERO, especialista em área criminal e eleitoral .

Via News Rondônia

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